12.7.20

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A escola que construiremos no pós pandemia: 

 A Escola da Cybercultura? 

 Por 
Vanderlei de Barros Rosas 
Teólogo, Filósofo e Psicólogo 

   A Pandemia chegou sem nos avisar, sem nos preparar e sem que tivéssemos tempo para nos adaptarmos às exigências da nova realidade. 

   A cybercultura chegou com duas possibilidades: Ou façamos as adaptações de atualizações e busquemos alternativas para atender a nova demanda à nossa volta ou façamos as adaptações de atualizações e busquemos alternativas para atender a nova demanda à nossa volta. 

   A cybercultura tornou-se um imperativo categórico diante dessas novas demandas, no sentido de que o novo chegou e chegou chegando !!! 
    
   A máxima é “aceita que dói menos!” 
  
  A cybercultura chegou num período de sequidão de estio, quando todos nós ficamos perdidos, perplexos, aturdidos, desorientados e sobretudo assustados diante do novo, que nos trouxe um estado de ansiedade exacerbado. Chegou trazendo desafios para a performance das funções docentes na Educação Mundial, com impacto maior nos países onde a cybercultura ainda é ignorada. 
  
  Agora, falar em retorno das aulas em plena Pandemia, não seria uma atitude irresponsável, inconsequente e temerária ? Não estávamos preparados para isso, para esta pandemia e muito menos para esta longa quarentena, A única certeza que temos neste momento é a incerteza, pois estamos vivendo momentos difíceis de forma generalizada, um verdadeiro momento esfrizofrênico.
   
   Precisamos ter em mente alguns aspectos importantes sobre o retorno dos alunos à aulas: 
1. A importância do Acolhimento. Como receberemos esses alunos? Quais os protocolos mais adequados? 
2. A importância do Afagamento. Como iremos atender as demandas emocionais desses alunos? Quais as dinâmicas, instrumentos e ferramentas que utilizaremos para atender as demandas desses alunos? 
3. A importância do Acompanhamento. Como iremos fazer encaminhamentos diante dos sinais e sintomas pós pandêmicos apresentados por esses alunos? Quais os recursos, instituições e profissionais de apoio que serão disponibilizados? 
4. A importância da Avaliação. Como serão realizadas as avaliações bimestrais para validação do ano letivo (Histórico Escolar) desses alunos? Quais processos avaliativos serão adotados? 
5. A importância do Amparo – Como será o acompanhamento e o controle da “frequência”? Quais as tratativas para a evasão /abandono escolar? 

  Precisamos identificar o que é necessário e prioritário daquilo que não é prioritário e nem necessário. 
1. O Registro é necessário, mas a burocracia não é prioritária. O excesso de burocracia, a duplicidade de documentos solicitados, o prazo curto para preenchimento de formulários e drives atrapalham mais do que ajudam. 
2. As tratativas são necessárias, mas o excesso de formulários e relatórios não são prioritários. Formulários e Relatórios são boas ferramentas para fazer um bom diagnóstico, mas não são fins em si mesmos. Devolutivas para tratativas são fundamentais. 
3. As avaliações são necessárias, mas as notas não são prioritárias. Quando pensamos que nos afastamos da educação bancária, conteudista e hierárquica, somos surpreendidas por seu fantasma que vive nos rondando. As notas esses ano de 2020 são mais “pró forme” do que o registro da aprendizagem propriamente dita. 
4. A segurança é necessária, mas as aulas presenciais não são prioritárias. O nosso bem maior é a vida, e precisamos preservá-la como prioridade. As aulas presenciais ocorrerão só quando os procedimentos adequados forem estabelecidos através dos protocolos de segurança. 
5. A aprendizagem é necessária, mas o currículo e os conteúdos formais não são prioritários. O ano letivo 2020 basicamente não aconteceu ... 2021 será o ano da “grande recuperação” de conteúdos.

    “Não nos antecipemos aos fatos e nem sejamos mais reais do que o Rei”, ou seja, vamos aguardar os acontecimentos e quando tivermos que tomar atitudes e decisões sejamos equilibrados e não radicais, precipitados ou arrogantes, pensando que somos os senhores e detentores da verdade plena e absoluta. 

   A Organização Mundial de Saúde é o órgão maior para orientações de procedimentos dos protocolos necessários neste momento de Pandemia.

   O retorno precisará ser uma elaboração coletiva, com toda a sociedade civil organizada, comunidade de Unidade Escolar, responsáveis técnicos pela Saúde e Secretaria de Educação dos Municípios e Estados. 

     Na educação, tudo o que é determinado de cima para baixo, como atitude autoritária, hierárquica e burocrática, tende ao fracasso.

     Não sabemos exatamente que tipo de escola teremos ou construiremos no período pós-quarentena, mas com certeza, não seremos os mesmos e a “nova normalidade” não significa dizer que retornaremos à velha rotina, que por si só já precisava a muito tempo de ser revista e renovada. 

   Uma lição fica … nada substitui o Professor em Sala de Aula. Sejam as novas tecnologias, Plataformas muito bem elaboradas, Ferramentas simples ou complexas … nada substitui o “olho no olho” do Professor e do Aluno.

    Não retornaremos à velha normalidade por um milagre divino pois ... 
O Estado é laico 
A internet é link 
Nosso papo é live 
Nossa curtida é like. 

   Este será o novo normal ? 

   Esta será esta a Escola que construiremos no pós pandemia: A Escola da Cybercultura ?